O presidente do Governo dos Açores, Vasco Cordeiro, desafiou na sexta-feira à noite as comunidades de açorianos e descendentes em São Paulo a conhecerem os Açores “de hoje”, volvidos mais de 40 anos sobre a autonomia.

“Temos um grande orgulho naquilo que as nossas comunidades construíram nos países de acolhimento, mas é importante referir o orgulho que temos naquilo que os Açores são hoje, naquilo que os açorianos construíram nas nossas nove ilhas”, sustentou o chefe do executivo açoriano.

Vasco Cordeiro falava na Casa dos Açores de São Paulo, num encontro com a comunidade açoriana do estado, convívio que terminou já cerca das 22h00 locais (menos quatro que em Lisboa) e fechou o terceiro dia de presença de uma comitiva açoriana no Brasil.

Numa intervenção mais voltada para a evolução dos Açores do que para o sentimento de Vasco Cordeiro nesta visita ao Brasil, o governante sublinhou que conhecer o arquipélago nos dias de hoje é “conhecer desafios, mas também oportunidades”.

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“Temos certamente desafios, mas o trajeto que fizemos deve orgulhar também as nossas comunidades açorianas emigradas e todos aqueles que amam os Açores”, prosseguiu Vasco Cordeiro.

O dia de hoje, último da visita oficial, será dedicado a um encontro com a comunidade açoriana do Rio de Janeiro e ao lançamento do livro ‘Uma Página sobre Vitorino Nemésio’.

Aquela que é a primeira deslocação de Vasco Cordeiro ao Brasil, enquanto presidente do executivo açoriano, decorre na sequência da declaração de 2018 como “Ano dos Açores em Santa Catarina”, onde, entre 1748 e 1754, desembarcaram os primeiros emigrantes da região autónoma.

A convite de Vasco Cordeiro, a comitiva que viaja ao Brasil integra ainda os presidentes das Câmaras Municipais de Ponta Delgada, Angra do Heroísmo e Praia da Vitória – cidades geminadas com Florianópolis, capital do estado de Santa Catarina -, bem como alguns deputados da comissão de Política Geral do parlamento açoriano.

O Brasil constituiu o destino da primeira vaga sistemática de emigração açoriana a partir do século XVIII, nomeadamente para o sul do país.

Após este período verificou-se um grande fluxo migratório, em finais do século XIX e no início e primeira metade do século XX, em concreto para os estados de São Paulo e do Rio de Janeiro.