A revelação foi feita em entrevista ao órgão norte-americano The Blast. Nicolas Cage, de 54 anos, está a preparar a sua retirada enquanto ator e já tem um horizonte definido para a reforma. “Neste momento, sou sobretudo um ator e vou continuar a sê-lo durante mais três ou quatro anos. A partir daí gostava de me focar mais na realização” dos filmes, apontou o ator.

Nicolas Cage: sensível e ostracizado

Com carreira no cinema iniciada nos anos 1980, Nicolas Cage viria a revelar-se logo nessa década, em especial pela participação em filmes do realizador Francis Ford Coppola, com quem trabalhou em “Juventude Inquieta”, “Cotton Club” e “Peggy Sue Casou-se”. “Birdy: Asas de Liberdade” e “Arizona Junior” (este último realizado pelos irmãos Joel e Ethan Cohen) foram outros filmes de destaque que fez nos anos 1980.

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Na década seguinte — já depois de protagonizar “Um Coração Selvagem” (de David Lynch) e “Delito em Rod Reck West” –, Nicolas Cage desempenharia um dos grandes papéis da sua carreira em “Morrer em Las Vegas”, filme dramático de Mike Figgis (inspirado num romance de John O’Brien) no qual Cage vestiu a pele de Ben Sanderson, um alcoólico que decidiu despedir-se do emprego e da vida, rumando a Las Vegas para beber até morrer.  A interpretação fê-lo ganhar o único Oscar da sua carreira, na categoria de “Melhor Ator”. “O Rochedo”, “A Outra Face” e “Cidade dos Anjos” foram alguns dos outros filmes que fez nos anos 1990.

[Os dez melhores momentos da carreira de Nicolas Cage, numa seleção do canal WatchMojo:]

Já neste século, Nicolas Cage destacou-se em filmes como “Inadaptado” (de Spike Jonze, com argumento de Charlie Kaufman), “Amigos do Alheio” (de Ridley Scott), “O Senhor da Guerra” (de Andrew Niccol) e “Justiça” (de Roger Donaldson). Em 2002, assinou o seu primeiro e até agora único filme enquanto realizador: Sonny, protagonizado pelo ator James Franco. A crítica não foi, à época, especialmente elogiosa para o primeiro trabalho de Cage no cargo a que se pretende dedicar mais afincadamente no futuro.