O responsável pelo Ministério dos Transportes germânicos, Andreas Scheuer, anda há meses atrás dos fabricantes germânicos, questionando-os sobre a data em que pensam ter terminada a actualização do software dos motores que poluíam mais do que anunciavam, por estarem equipados com sistemas fraudulentos. Segundo declarações de Scheuer ao Sueddeutsche Zeitung, “prometeram-me 5,3 milhões de veículos revistos até final de 2018 e vou obrigar os fabricantes a cumprir a sua palavra”.

Estamos quase a terminar com as reparações aos 2,5 milhões de unidades da VW, mas em relação aos restantes fabricantes já fiz saber que aguardo um plano com datas concretas, que eles vão ter de cumprir, uma vez que o tempo está a acabar”, acrescentou ainda o responsável alemão.

Mas se Scheuer tenta impor o que foi acordado, no que respeita à substituição do software fraudulento e actualização dos motores, de forma a cumprirem as normas de emissões, o que segundo os fabricantes iria reduzir os poluentes em cerca de 30%, a sua colega do Governo e ministra do Ambiente, Svenja Schulze, está bastante mais desconfiada. Segundo ela, “não é evidente que as actualizações introduzidas resolvam os excessos de emissões”.

Durante uma entrevista ao jornal alemão Tagesspiegel, Schulze defendeu que “a única forma de evitar que os diesel sejam banidos é recorrer a actualizações dispendiosas”, diferentes pois daquelas que estão a ser implementadas.

Em relação à possibilidade de as cidades alemãs proibirem os diesel de circularem no seu interior, Schulze admitiu que só com a electrificação dos veículos, ou seja recorrendo a híbridos ou híbridos plug-in, vai ser possível reduzir os volumes de poluentes nos grandes centros urbanos e que a única forma de reduzir as emissões de NOx, é retirar do mercado os veículos mais antigos. Isto vai ao encontro do que cidades como Estugarda já anunciaram, pretendendo afastar os veículos com homologação Euro4 em Janeiro de 2019, para depois avançar para os Euro5 no Outono do próximo ano.

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