Os deputados da comissão parlamentar de Cultura, Comunicação, Juventude e Desporto aprovaram esta segunda-feira o requerimento do PSD para a audição do ministro da Cultura na sequência do atraso da entrada em funções do novo Conselho de Administração da RTP. Fonte do PSD disse à Lusa que o requerimento para a audição de Luís Filipe Castro Mendes foi aprovado “por unanimidade”.

Em 18 de abril, no parlamento, o ministro afirmou que o atual Conselho de Administração da RTP “está plenamente em funções” até que os novos membros tomem posse, na próxima assembleia-geral da empresa.

Luís Filipe Castro Mendes falava na comissão parlamentar de Cultura, depois de o Conselho Geral Independente (CGI) ter anunciado que estavam “reunidas as condições” para que o Conselho de Administração da RTP possa ser investido nas suas funções, após as Finanças terem dado “concordância” ao terceiro elemento.

O governante sublinhou, na altura, que o mandato da atual administração da RTP termina quando os novos administradores tomarem posse, “pelo que o atual Conselho de Administração está plenamente em funções, não há uma situação de gestão”.

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Em 25 de janeiro, o CGI convidou Gonçalo Reis (atual presidente) para apresentar um Plano Estratégico para a RTP para o triénio 2018-2020 e, em 08 de fevereiro, procedeu à designação de Hugo Graça Figueiredo para integrar o Conselho de Administração do grupo de media público.

No início de fevereiro, o CGI enviou a proposta do nome do terceiro membro da administração, uma mulher, com o pelouro financeiro, para o Ministério das Finanças. O impasse durou até ao dia 17 de abril, quando o CGI anunciou que a tutela financeira tinha dado a sua “concordância”, sem ser revelado o nome da administradora em causa.

O Conselho de Administração da RTP é composto por três membros, sendo um presidente e dois vogais, indigitados pelo CGI e, após audição na Assembleia da República, investidos nas suas funções pela assembleia-geral da empresa.