Os pagamentos em atraso das administrações públicas totalizaram 963 milhões de euros até março, menos 22 milhões face ao período homólogo e menos 302 milhões comparando com o mês anterior, revelou esta quinta-feira a síntese de execução orçamental. Para a diminuição homóloga dos pagamentos em atraso (dívidas por pagar há mais de 90 dias) contribuiu, sobretudo, a Administração Local, que reduziu as dívidas em atraso em 38 milhões de euros, avança no documento a Direção Geral do Orçamento (DGO).

Face ao mês anterior, a diminuição dos pagamentos em atraso reflete a redução dos pagamentos dos Hospitais EPE (entidade pública empresarial), em que as dotações de capital realizadas pelo Estado no final de 2017 foram utilizadas para pagamento de dívidas em atraso e refletidas na execução orçamental dos Serviços e Fundos Autónomos em março.

As dívidas por pagar há mais de 90 dias dos hospitais ascenderam assim a 750 milhões de euros em março, seguindo-se a administração local, com 110 milhões de euros, a administração regional, com 104 milhões de euros, a administração central (excluindo subsetor da Saúde), com 21 milhões de euros, as empresas públicas reclassificadas, com 12 milhões de euros, e do subsetor da Saúde, com 10 milhões de euros. Já no final de fevereiro, o Ministério das Finanças antecipava “uma redução pronunciada” para março do valor dos pagamentos em atraso, explicado pelo reforço de capital nos Hospitais EPE realizado no final de 2017.

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