A Bandeira Azul vai ser hasteada este ano em 19 praias fluviais do Centro e em 89 costeiras no Algarve, a somar às 224 no restante país, anunciou esta sexta-feira o presidente da Associação Bandeira Azul da Europa.

O galardão vai ser entregue a um total de 332 praias e também a 18 marinas, mais quatro do que no ano passado, e a sete embarcações ecoturísticas. As mais de 300 praias estão distribuídas por 86 concelhos, sendo 299 praias costeiras e 33 praias fluviais.

A região Centro é a “recordista” das praias fluviais, com 16 bandeiras, seguindo-se a região Tejo com oito, o Norte com cinco e o Alentejo com quatro. O Algarve não tem nenhuma praia fluvial distinguida com Bandeira, mas lidera o número de galardões nas praias costeiras, com 89.

No Norte recebem o galardão 73 praias (mais três do que em 2017), no Centro 39 (mais três do que no ano passado), a região do Tejo mantém 48 bandeiras, o Alentejo e o Algarve recebem mais uma bandeira cada região ficando com 32 e 89, respetivamente. A Região Autónoma dos Açores foi a única a perder uma bandeira (Poço dos Frades), ficando com 37, e a Madeira recebe mais uma e conta, este ano, com 14 bandeiras azuis.

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No ano em que se comemora uma década desde o início da parceria entre o Oceanário de Lisboa e a Associação Bandeira Azul da Europa, o tema deste ano — “O mar que respiramos” — pretende alertar as pessoas para a necessidade de alteração de comportamentos.

“Opte por energias renováveis, ande mais de transportes públicos e recuse o uso do plástico descartável”, são algumas das propostas da campanha deste ano. Em comparação com a atribuição a nível internacional, Portugal é o terceiro país com mais galardões conferidos, quando no ano passado era o sexto. “Desde 2011 que Portugal tem mais de 50% de praias galardoadas com Bandeira Azul”, destacou José Archer.

Em relação a 2017, há 12 novas praias, um novo concelho (Mourão) a receber a Bandeira Azul, quatro praias fluviais novas (Azenhas/Vilar de Mouros, no Norte, Côja e Senhora da Piedade no Centro e a Praia Fluvial de Mourão no Alentejo), nove reentradas para a lista e a saída apenas de Poço dos Frades nos Açores, que tinha recebido o galardão pela primeira vez no ano passado.

Louçainha (Centro), Pintadinho (Algarve), Silveira (Açores) e Santo António (Açores) recuperam a bandeira azul que tinham perdido no ano passado. Quanto às marinas, são 18 com Bandeira Azul este ano, mais quatro do que no ano passado. “É a primeira vez que há uma marina a norte do Tejo, o que nos deixa muito felizes”, afirmou José Archer, referindo-se à Marina de Vila Nova de Gaia que entra pela primeira vez para a lista.

Também terão bandeira azul sete embarcações ecoturísticas, mais duas do que no ano passado, duas na região do Tejo, uma no Alentejo, três na Madeira e, pela primeira vez, uma nos Açores. Pelo segundo ano consecutivo o navegador solitário Ricardo Diniz é o embaixador escolhido.

Para este ano estão previstas sete atividades de educação ambiental em embarcações, 784 em praias e 73 em marinas, num total de 864. A atribuição da Bandeira Azul tem em conta critérios como a “informação e educação ambiental”, “qualidade da água”, “gestão ambiental e equipamentos” e “segurança e serviços”.

As cerimónias oficiais de hastear das primeiras Bandeiras Azuis de 2018 estão agendadas para 1 de junho na praia da Torreira, no concelho da Murtosa (Centro), para o dia 4 na praia fluvial de Monsaraz, em Reguengos de Monsaraz, e para o dia 19 na Marina de Gaia, em Vila Nova de Gaia.