Quando um construtor de automóveis decide produzir uma versão descapotável de um determinado modelo, inicia-se um processo que se arrasta durante meses, ou mesmo anos. Especialmente, se for um cabriolet fora dos moldes habituais, o que a própria Range Rover já experimentou com o Evoque Convertible. Primeiro são os estudos de mercado, com auscultação a potenciais clientes, depois é a produção de um protótipo para expôr num salão internacional, apalpando assim o pulso a um ainda maior número de potenciais interessados, a que se segue um processo de engenharia para determinar como tudo poderá ser feito e com que custos. Ora sucede que um camionista, sem qualquer formação técnica, resolveu tudo isto numa questão de segundos, produzindo o descapotável mais rápido da história, que só é pena não vir a ser utilizado.

O Velar é um prodígio do design, sendo apontado, até pelos concorrentes, como um dos veículos mais atraentes do mercado. Uma versão Convertible até pode ter passado pela cabeça da Land Rover, mas atendendo a que o segmento dos SUV cabrios não é propriamente o maior nicho de mercado do mundo e que a Range Rover já possui na sua gama o Evoque “aberto”, é altamente provável que “descobrir” o Velar não seja o projecto mais premente para a marca britânica. Mas é possível que o fabricante repense a sua estratégia, sobretudo agora, que usufruiu de um empurrãozinho de um condutor de camiões de transportes de viaturas.

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O novo Velar viajava da fábrica, em Solihull, em companhia de mais uns quantos Range Rover novos, a caminho dos concessionários, que por sua vez os aguardavam para fazê-los chegar aos clientes. Os modelos eram obviamente novos e ainda tinham as protecções exteriores e interiores para o provar, tudo para que chegassem ao destino final sem uma beliscadura. O problema foi que uma das pontes na auto-estrada M61 nas proximidades de Manchester, sob a qual o camião carregado de veículos tinha de passar, ou era demasiado baixa, ou o condutor se esqueceu de baixar convenientemente o atrelado. Mas independentemente do motivo, o resultado é que conta: um Velar completamente descapotável e outro profundamente danificado. Não houve feridos e a ponte ficou apenas com uns arranhões.

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