A ministra do Interior britânica, Amber Rudd, apresentou este domingo a demissão depois de vários dias de polémica sobre a criação de quotas anuais de deportação de imigrantes ilegais. De acordo com o gabinete da primeira-ministra britânica, Theresa May já aceitou o pedido de demissão. Este domingo, o jornal The Guardian publicou uma carta de Rudd para Theresa May, onde admite metas “ambiciosas” para a expulsão forçada de imigrantes, que terá sido a gota de água que levou à demissão da ministra.

A oposição britânica exigia há dias a demissão de Rudd depois da publicação nos media de documentos que revelam que a ministra do Interior tinha conhecimento do estabelecimento de quotas de deportação apesar de o ter negado numa audição parlamentar.

Tudo começou com o chamado “escândalo da geração Windrush”, onde uma série de reportagens do jornal The Guardian denunciou os maus-tratos e falta de acesso a serviços públicos a que estão sujeitos no Reino Unido os imigrantes das antigas colónias britânicas nas Caraíbas que foram convidados a ir para o país, no pós-Segunda Guerra, para ajudar na reconstrução do Reino Unido. A investigação levou Rudd e a sua equipa a terem de responder no Parlamento sobre estes casos, tendo inclusivamente a primeira-ministra (e antecessora de Rudd no cargo), Theresa May, pedido desculpa.

Segundo a BBC, Amber Rudd telefonou este domingo à noite à primeira-ministra britânica para lhe dar conta da decisão, impulsionada pela pressão crescente que estava a sentir da oposição.

Metas para reduzir imigrantes colocam ministra do Interior britânica sob fogo

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