O ex-Presidente peruano Ollanta Humala e a mulher saíram na segunda-feira da prisão, quatro dias depois de o Tribunal Constitucional ter ordenado a libertação, após nove meses de detenção provisória por acusações de corrupção.

“Agora, o meu pensamento e coração estão com a minha família”, declarou Humala à imprensa após a libertação, cerca das 18h de segunda-feira (00h em Lisboa).

Problemas administrativos adiaram a libertação, esperada na sexta-feira, um dia depois da decisão do tribunal.

Humala, de 55 anos, e a mulher, Nadine Heredia, de 41 anos, foram detidos provisoriamente em julho do ano passado, a pedido do Ministério Público, que reuniu documentos e provas para julgar o casal por branqueamento de dinheiro.

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O casal era também suspeito de ter recebido três milhões de dólares (2,5 milhões de euros) da construtora brasileira Odebrecht para a campanha eleitoral de 2011.

De acordo com as declarações prestadas à justiça pelo antigo patrão da Odebrecht no Peru Jorge Barata, este dinheiro terá sido entregue a Humala a pedido do partido do então Presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva.

No âmbito do inquérito, um juiz ordenou a detenção preventiva do casal por 18 meses.

Em 25 anos, quatro dos cinco úlitmos Presidentes do Peru foram implicados em escândalos de corrupção.