Moçambique vai investir cerca de 100 milhões de dólares (83,2 milhões de euros) em áreas de conservação até 2023, anunciou esta quarta-feira o Ministro da Terra, Ambiente e Desenvolvimento Rural, Celso Correia. “O Governo de Moçambique, em estreita articulação com os seus parceiros estratégicos, tem previsto para os próximos cinco anos o investimento de mais de 100 milhões de dólares em projetos comunitários”, referiu.

A verba será dirigida para “agricultura de conservação e construção de infraestruturas económicas e sociais para os distritos que integram os parques e reservas nacionais que cobrem 25% do território”, acrescentou. O governante falava esta quarta-feira durante uma reunião internacional de avaliação de planos de ação de combate ao tráfico de marfim, a decorrer em Maputo até sexta-feira. Aquele financiamento foi apontado como uma das peças na estratégia para reduzir o crime organizado que ameaça elefantes e outras espécies em Moçambique.

“Temos plena consciência que não venceremos esta luta somente com a nossa abordagem de desenvolvimento comunitário”, acrescentou o ministro, referindo que o país tem dado passos importantes no terreno. Em abril, as autoridades apreenderam três toneladas de marfim num contentor pronto a ser exportado do porto de Maputo para o Camboja. Celso Correia apontou o caso como um sinal do empenho das instituições.

A reunião que decorre a partir desta quarta-feira e até sexta-feira na capital moçambicana junta representantes de instituições de administração da justiça e das forças de defesa e segurança, além de entidades financeiras. Trata-se de um evento regular organizado pelo secretariado da Convenção sobre o Comércio Internacional de Espécies Ameaçadas em Extinção (CITES) e pelo Consórcio Internacional de Combate ao Crime contra a Vida Selvagem (ICCWC). A iniciativa tem o apoio do Governo do Reino Unido.

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