Um inventário dos músicos profissionais portugueses e dos grupos e associações culturais com dimensão musical com atividade regular no estrangeiro junto das comunidades portuguesas vai ser realizado no âmbito do projeto Portugal Maior.

De acordo com uma resolução do Conselho de Ministros, publicada esta quarta-feira em Diário da República, foi criada uma estrutura de missão para o Projeto Meridiano, nome entretanto alterado para Portugal Maior, para “conceber e testar o uso das novas tecnologias e plataformas de informação e comunicação para divulgar as criações, na diplomacia pública e na ação cultural externa”.

Esta estrutura de missão vai ser coordenada pelo músico e compositor João Gil, que avançou à agência Lusa a mudança do nome do projeto de Meridiano para Portugal Maior. O projeto pretende responder à necessidade de “definir e pôr em prática novos modos de ligação dos criadores e intérpretes que se exprimem em português, entre si e com os diversos públicos que constituem ou podem constituir a sua procura”.

“Precisamos de usar melhor o ativo que eles representam para a afirmação internacional de Portugal e a divulgação da sua marca e do seu valor acrescentado para o mundo de hoje”, lê-se no texto da resolução. Na dependência do ministro dos Negócios Estrangeiros, a estrutura de missão para o projeto Portugal Maior pretende, entre outros objetivos, “contribuir para o conhecimento, a salvaguarda e a divulgação do património e da criação musical portuguesa, na pluralidade das suas expressões”.

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Além de um inventário dos músicos profissionais portugueses e dos grupos e associações culturais com dimensão musical que tenham atividade regular no estrangeiro e, em particular, junto das comunidades portuguesas”, será criada e gerida “uma plataforma digital”.

Esta plataforma deverá preservar e divulgar, incluindo através da constituição de uma rádio online, esse inventário e facilitar a “comunicação e cooperação entre os músicos e grupos inventariados, assim promovendo o seu trabalho em rede e a sua projeção nacional e internacional”.

O projeto vai ainda apoiar a organização e realização de digressões, residências artísticas, espetáculos e outras formas de apresentação pública de tais músicos e grupos, assim permitindo a obtenção de ganhos de escala na promoção das formas e agentes musicais da diáspora portuguesa”. O mandato da estrutura agora criada termina no final de 2020.