O Presidente da República defendeu esta quinta-feira que o pior que poderia acontecer nesta altura era haver “divisões ou querelas institucionais” sobre o combate aos incêndios e pediu uma união de esforços para que se evitem novas tragédias. “O pior que podia existir era haver divisões ou querelas institucionais. Temos de nos unir, convergir esforços e garantir o objetivo fundamental”, afirmou Marcelo Rebelo de Sousa, em declarações aos jornalistas, no final de uma iniciativa na Fundação Calouste Gulbenkian, em Lisboa.

O chefe de Estado foi questionado sobre a abertura manifestada pelo Governo à divulgação do relatório da auditoria da Proteção Civil sobre o incêndio de Pedrógão Grande, concluído no ano passado, mas por divulgar até agora, que segundo o executivo foi encaminhado em novembro para o Ministério Público e se encontra em segredo de justiça. “Foi uma decisão do Governo. O Governo apresentou aos portugueses as suas razões, parecem convincentes”, considerou Marcelo Rebelo de Sousa.

Interrogado, depois, sobre a preparação do combate aos incêndios, acrescentou: “Eu penso que o que importa neste momento é estarmos todos unidos, utilizarmos todos os meios, conjugarmos energias para o que é uma prioridade: evitar que se repita o que sucedeu no ano passado”. O Presidente da República escusou-se a entrar no debate sobre se essa preparação está ou não atrasada.

“Como acontece sempre quando se está em véspera de um grande desafio, o pior que poderia haver era haver divisões ou querelas relativamente a esse desafio que temos de enfrentar. Portanto, não será o Presidente da República a alimentá-las”, reforçou. Questionado se está preocupado com a falta de meios aéreos, respondeu: “Não, eu estou motivado para um objetivo. E, portanto, isso é que é fundamental”.

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