O Parlamento Europeu (PE) aprovou esta quinta-feira uma resolução que pede a suspensão das eleições presidenciais na Venezuela, marcadas para o próximo dia 20, e denuncia a falta de garantias de credibilidade. Numa resolução, os eurodeputados pedem a “suspensão imediata” do processo eleitoral até que estejam reunidas “as condições necessárias para a realização de eleições credíveis, transparentes e inclusivas”.

A União Europeia (UE) só reconhecerá eleições assentes num calendário eleitoral realista, acordadas no contexto do diálogo nacional com todos os intervenientes pertinentes e todos os partidos políticos, juntamente com a garantia de condições de participação idênticas para todos, equitativas e transparentes, diz o PE numa resolução aprovada por 492 votos a favor, 87 contra e 77 abstenções. As eleições presidenciais antecipadas convocadas pela Assembleia Nacional Constituinte, não reconhecida internacionalmente, e aprovadas pelo Conselho Nacional Eleitoral (CNE) estão agora agendadas para 20 de maio.

Na quarta-feira, a chefe da diplomacia da UE, Federica Mogherini, tinha já salientado que a questão é o modo como o processo eleitoral está a ser preparado. Rejeitando qualquer intenção de ingerência externa, Mogherini lembrou “o forte sentido de amizade entre europeus e venezuelanos”.

“Há laços próximos, conhecemo-nos muito bem. Eu mesma venho de um país, tal como um dos meus compatriotas mencionou, onde vivem muitos italiano-venezuelanos, e o mesmo se passa com os colegas espanhóis e portugueses — sabemos do que estamos a falar”, disse ainda.

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