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Reclusa mais velha do País condenada a cinco anos com pena suspensa

Este artigo tem mais de 5 anos

Foi detida com 89 anos por burla qualificada, falsificação de documentos e branqueamento de capitais. É suspeita de liderar um grupo de seis suspeitos. Processo acabou com três condenados.

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ANTÓNIO COTRIM/LUSA

ANTÓNIO COTRIM/LUSA

A reclusa mais velha do País, que tem hoje 90 anos, foi esta quinta-feira condenada a uma pena única de cinco anos de cadeia, suspensa por causa da sua idade e por ter o cadastro limpo. Roza Vegele só poderá, no entanto, abandonar o País depois deste período de cinco anos. O filho de Vegele, José, foi também foi condenado em cúmulo jurídico a dez anos de prisão, uma pena agravada em 1/3, tendo em conta que reincidiu (estava a cumprir pena de prisão quando cometeu estes crimes). Já a sua companheira, que também é prima, foi condenada a um pena única de seis anos de cadeia. Adriana encontra-se no Brasil e só cumprirá caso regresse a Portugal.

O tribunal deu como provado a participação de Rosa, o filho José e a sobrinha e nora Adriana nos crimes de burla qualificada, tentativa de burla, assim como o crime de branqueamento de capitais e o crime de falsificação, não obstante em relação a este não se ter provado quem o fez, explicou a juíza presidente, Helena Pinto. No entanto, considerou não haver provas para condenar os arguidos por associação criminosa.

Relativamente aos restantes quatro arguidos, o tribunal considerou não haver indícios suficientes para condená-los pelos crimes de que vinham acusados. Assim o coletivo absolveu o neto de Roza, João, que apesar de ter feito levantamentos em dinheiro, não teria conhecimento da sua verdadeira origem. Foram ainda absolvidos Rosanne, a filha de Roza, Sobreira — que teria planeado o crime com José a partir da prisão — e Marcelino, o homem que conduzia Roza Vegele.

Roza esteve presente durante a leitura da sentença. Ouviu atentamente a pena a que foi condenada e, no final, agradeceu ao seu advogado Lopes Guerreiro tudo o que fez por ela. “Ela percebeu logo a medida da pena”, disse o advogado aos jornalistas à margem da audiência. Lopes Guerreiro confirma que Roza Vegele sabia que estava a cometer um ato ilícito, só “não tinha consciência da sua amplitude”. Queria apenas ajudar o filho a sair do País, escapando assim a uma pena de cadeia.

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Roza Vegele estava há um ano e meio em prisão preventiva na cadeia de Tires. Partilhava a cela com duas outras reclusas. Um período que “não foi fácil”, nas palavras do seu advogado, uma vez que sofre de “osteoporose e diabetes”.

O advogado vai recorrer da pena de dez anos de cadeia aplicada ao filho de Roza, José.

O que dizia a acusação

O caso remonta a 2016, quando Roza veio do Brasil a Portugal para ajudar o filho — que se tinha evadido da cadeia. Roza Vegele acabou por ser acusada juntamente com o filho a filha, uma sobrinha (que também é nora), um neto e dois outros homens, que se apresentam como comerciantes. Os sete foram julgados por terem montado um esquema em que passaram por gerentes de uma empresa imobiliária que seria a proprietária de uma casa avaliada em 500 mil euros. O grupo terá conseguido vender a casa por 300 mil euros. No entanto, a casa nem sequer era deles.

A rede de alegados burlões, em que Roza estaria ao comando, também teria tentado vender, segundo a acusação, uma casa por um milhão de euros – com um dos elementos a fazer-se passar por médico – e outra por 450.000 euros. Os crimes ocorreram em 2016, com a falsificação de vários documentos e com várias entrevistas na tentativa de angariarem clientes.

Aos 89 anos, Roza fez uma burla de 300 mil euros e foi presa. É a mais velha reclusa do país

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