Mais de 50 mortes por febre-amarela foram confirmadas no Brasil entre 17 de abril e 2 de maio, elevando de 342 para 394 o número total de óbitos, segundo o Ministério da Saúde, citado esta sexta-feira pela imprensa brasileira.

Nos últimos dez meses, o Ministério da Saúde brasileiro confirmou 1.257 casos da doença, um aumento de 100 em relação aos dados do dia 17 de abril, quando 1.157 infetados foram confirmados. O Ministério da Saúde informou ainda que outras 1.499 notificações estão a ser investigadas e podem ser confirmadas ou descartadas nos próximos relatórios.

As mortes estão a aumentar desde que o vírus da febre-amarela passou a circular em outras regiões do país, principalmente no sudeste do Brasil. Antes, a doença ocorria mais frequentemente em áreas da região amazónica.

As regiões mais afetadas são aquelas que não tinham recomendação para a vacina, como o sudeste. É também nesta região que se concentra o maior número de mortes (a única de fora é o Distrito Federal).

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Os estados de São Paulo e Minas Gerais concentram 82% das mortes, segundo os dados do Ministério da Saúde. O Governo brasileiro espera que as ações de vacinação ajudem a diminuir o número de casos e mortes. Com a aproximação do inverno, o número de casos tende a cair a partir deste mês, já que o vírus da febre-amarela é mais frequente no verão.

O Ministério informou que, de janeiro a abril deste ano, encaminhou 25,1 milhões de doses da vacina para os estados. Só para os estados da Baía, Rio de Janeiro e São Paulo foram enviadas 18,4 milhões de doses.

O ideal é chegar a 95% de cobertura de vacinação, segundo o Ministério. Até agora, o Rio de Janeiro vacinou 55,46% e a Baía 55,03% dos seus habitantes. O Ministério da Saúde não informou sobre a cobertura de vacinação no estado de São Paulo.