Numa conversa com analistas, muito comentada por Elon Musk se ter recusado a responder às questões que não estavam relacionadas directamente com os investidores, o CEO da Tesla falou dos projectos futuros, com destaque para o Model Y, o SUV pequeno e acessível, com base na berlina Model 3 que promete ser o modelo com maior potencial de vendas da marca americana, isto tendo em conta a apetência por SUV de ambos os lados do Atlântico.

No trimestre em que a Tesla anuncia os seus maiores prejuízos (785 milhões de dólares), mas também o maior volume de vendas e a mais elevada facturação da sua história (3,4 mil milhões de dólares), Musk estava confiante e imparável. Segundo ele, a produção do Model 3 começa finalmente a entrar nos eixos e com o incremento da produção vem o da facturação e o princípio do equilíbrio da marca, que o CEO prometeu ter lucros operacionais nos últimos trimestres deste ano.

Mas já que estava em maré de promessas, Musk garantiu aos investidores que dentro de 24 meses, ou seja em 2020, a Tesla iniciará a produção do Model Y, veículo que vai permitir à marca americana terminar a gama SEXY que sempre prometeu, uma vez que o Y era a letra que faltava, depois do S, do X e do 3 que, para fazer sentido, sempre apareceu estilizado.

Contudo, Musk não revelou onde pretende produzir o seu pequeno SUV, estando tudo em aberto, desde Fremont, na Califórnia, onde a Tesla já produz os seus veículos e apresentou recentemente um pedido de autorização para alargar as instalações, até à China, onde graças à abertura das autoridades chinesas anunciada nas últimas semanas, que passa por não continuar a exigir um sócio local para autorizar a criação de empresas no país, a Tesla pode agora instalar-se aí, usufruir dos seus baixos custos de mão-de-obra e matérias-primas, para exportar para o resto do mundo.

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