As cerimónias fúnebres de Afonso Dhlakama, presidente da Resistência Nacional Moçambicana (Renamo), vão decorrer na quarta-feira, dia 9 de maio, a partir das 8h00, no campo desportivo do Ferroviário da Beira, anunciou hoje a comissão política nacional do partido.

O corpo do líder da oposição de Moçambique vai sair da morgue do Hospital Central da Beira diretamente para o recinto, que vai acolher as cerimónias públicas, detalhou Ossufo Momade, coordenador da comissão política, numa conferência de imprensa na cidade da Beira.

Na quinta-feira, dia 10 de maio, será realizado o funeral organizado pela família em Mangunde, distrito de Chibabava, no interior da província de Sofala, terra natal do líder da Renamo, a cerca de 300 quilómetros da Beira.

O programa foi acordado entre aquela força política e familiares de Dhlakama, referiu Ossufo Momade.

O anúncio ocorreu depois de uma reunião da comissão política nacional da Renamo iniciada na sexta-feira à tarde na cidade da Beira.

O Conselho de Ministros moçambicano já tinha anunciado na sexta-feira, após reunião extraordinária, em Maputo, que Dhlakama teria um funeral oficial ao abrigo do estatuto especial do líder do segundo partido com assento parlamentar (líder da oposição).

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Afonso Dhlakama morreu na quinta-feira pelas 08:00, aos 65 anos, na Serra da Gorongosa, devido a complicações de saúde.

O Presidente de Moçambique, Filipe Nyusi, referiu à Televisão de Moçambique (TVM) que foram feitas tentativas para o transferir por via aérea para receber assistência médica no estrangeiro, mas sem sucesso.

Fontes partidárias contaram à Lusa que o presidente do principal partido da oposição moçambicana morreu quando um helicóptero já tinha aterrado nas imediações da residência, na Gorongosa, para tentar transferi-lo.