Podia até não valer o título. Aos portistas bastaria um empate amanhã e seriam campeões. O dérbi valia algo menos importante, sim, mas não de somenos importância na noite de Alvalade: milhões, os milhões da Champions. E o que se viu na primeira parte, sobretudo após o quarto de hora, foi uma jogatana, dividida — o músculo no centro do terreno (Battaglia, William, Fejsa e Samaris) explica –, nem sempre bem jogada mas suada, muito suada.

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SPORTING-BENFICA (0-0)

Estádio José Alvalade, em Lisboa

Primeira Liga NOS 2017/2018 (Jornada 33)

Árbitro: Carlos Xistra (AF Castelo Branco)

Sporting: Rui Patrício; Piccini, Coates, Mathieu, Fábio Coentrão (Lumor, 90’); William Carvalho (Acuña, 63’), Battaglia; Gelson Martins, Bryan Ruíz (Misic, 83’), Bruno Fernandes e Bas Dost

Suplentes não utilizados: Salin, Ristovski, Petrovic e Montero

Treinador: Jorge Jesus

Benfica: Bruno Varela; Douglas, Jardel, Rúben Dias, Grimaldo; Fejsa, Samiris, Pizzi (Salvio, 66’); Rafa (Cervi, 88’), Zivkovic (Jonas, 81’) e Raúl Jiménez

Suplentes não utilizados:  Svilar, Luisão, Keaton Parks e Seferovic

Treinador: Rui Vitória

Golos: Nada a registar

Ação disciplinar: Cartão amarelo para Piccini (61’), Jardel (72’) e Bruno Fernandes (94’) e Misic (97’)

A primeira ocasião, logo ao minuto oito, pertenceu aos visitanes. Jiménez, num passe longo, a rasgar, desmarcou Rafa na esquerda, o extremo ganha a frente a Piccini e o remate, quando só tinha Patrício pela frente, bate na base do poste direito do Sporting. Ao ferro o Sporting responde com ferro. Foi ao minuto 21. Canto de Bryan Ruiz à esquerda, Coates amortece ao segundo poste, isola William no primeiro, e William remata. Acerta no travessão com estrondo. Mas estava em fora-de-jogo.

O Benfica, a ganhar mais segundas bolas a meio-campo, passaria, nos últimos instantes, a ter as melhores chances. Ao minuto 38, Rafa dispara fortíssimo à entrada da grande área e Patrício defende para o poste esquerdo. O Sporting respondeu dois minutos volvidos, Piccini cruza à direita, Coentrão, o improvável Coentrão, surge na grande área a cabecear, elevou-se mais alto na área do que Jardel e desvia. Passou pouco ao lado do poste esquerdo de Varela o desvio. Até ao intervalo, de enfiada, primeiro é Samaris, isolado por Douglas, a rematar cruzado para defesa de Patrício; depois, no último minuto, Rafa cruza à esquerda, Pizzi remata de primeira, Patrício defende, como voltaria a defender na recarga de Jiménez.

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Se foi uma jogatana que se viu na primeira parte, na segunda a história foi diferente, o Benfica quebraria (toda aquela pressão teria, nesta altura da época, um preço…) a pressão alta, intensa, o Sporting passou a ter mais bola mas nem por isso mais ocasiões, satisfeito que aparentava estar (e podia estar) com aquele empate sem golos. O melhor que se viu foi ao minuto 70, numa altura em que o Sporting até retinha o Benfica na defensiva, com Jiménez a abrir na direita em Salvio, o argentino devolve o passe, deixando Jiménez em posição de remate: e o remate saiu mesmo, em esforço e ao lado da baliza.

Contas feitas… ainda há contas por fazer. É certo que o empate soube mais a “triunfo” ao Sporting, que mantém a segunda posição, mas não é menos certo que na última jornada ainda podem, um e outro, fechar a época no “primeiro dos últimos”.