Eleições ou um governo de técnicos, ou burocratas, até dezembro. Estas são para já as duas opções colocadas em cima da mesa pelo presidente italiano depois de constatar mais um ronda, a terceira, de negociações falhadas para formar governo. O impasse em Itália dura desde marco, quando nenhum partido ou aliança conseguiu obter a maioria nas legislativas. Os partidos mais votados, o Movimento Cinco Estrelas e a Liga do Norte, preferem novas eleições já em julho, mas a última palavra cabe ao presidente Sergio Mattarella.

Numa declaração transmitida pela televisão, o presidente italiano apelou aos partidos para apoiarem um “Governo neutral”, depois de reconhecer que não foi possível fechar um acordo para uma coligação governamental.

“Não podemos esperar mais. Vamos deixar os partidos decidir de sua livre vontade se devem dar poder a um Governo ou marcas novas eleições para julho ou o outono”.

Um Governo provisório e neutral permitiria aprovar o orçamento do Estado para o próximo ano de forma a evitar as consequências recessivas de avançar mais tarde com o agravamento de impostos sobre o comércio. O presidente admitiu este cenário até ao final do ano, sublinhando que este Executivo seria dissolvido no início de 2019 para permitir a realização de um novo ato eleitoral. Os dois partidos mais votados já se manifestaram contra esta ideia.

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