O porta-voz da comissão de greve da União Nacional dos Trabalhadores da Guiné-Bissau (UNTG), José Alves Té, disse esta terça-feira que a adesão à greve da função pública guineense ronda os 85%. “Recebemos informação dos nossos pontos focais nas regiões e com os nossos cálculos aqui situamos a adesão em 85%”, afirmou, aos jornalistas, José Alves Té.

Os funcionários públicos guineenses iniciaram segunda-feira uma greve, que vai durar até quarta-feira, para exigir o cumprimento de um memorando de entendimento assinado com o Governo e que prevê um reajuste salarial. Segundo o porta-voz, a maior central sindical guineense apenas está a exigir o cumprimento do memorando de entendimento, que prevê um reajuste salarial.

“Nunca a central sindical exigiu um aumento salarial. O que queremos é que na massa salarial existente se faça um reajuste”, salientou. José Alves Té disse que já houve cinco encontros com as autoridades guineenses, que estão a pedir um período de 90 dias para criar uma comissão de seguimento para implementar o reajuste salarial.

O porta-voz disse que a UNTG pretende a aplicação imediata do reajuste salarial e um compromisso por parte do Ministério das Finanças. O ordenado mínimo pago na Função Pública guineense é de 29.500 francos CFA (cerca de 45 euros). “No último cenário adotado (o reajuste salarial) o salário mínimo sobe para 55.000 francos CFA (cerca de 84 euros)”, explicou.

O saco de 50 quilogramas de arroz, base alimentar dos guineenses e o mais barato na Guiné-Bissau, custa cerca de 17.500 francos CFA (cerca de 26 euros). A UNTG admitiu continuar a convocar greves até o reajuste salarial ser aplicado.

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