A CIA não retomará o programa de extensos interrogatórios e de tortura introduzido após o “11 de setembro” mesmo que o Presidente dos Estados Unidos o peça, garantiu esta quarta-feira a candidata a liderar a agência de inteligência norte-americana. “Posso assegurar-vos o meu compromisso pessoal e sem reservas que, sob a minha direção, a CIA não praticará um tal programa de interrogatório e detenção”, disse Gina Haspel, no Congresso norte-americano, em Washington.

Haspel, implicada nos interrogatórios em que elementos da Al-Qaeda foram torturados em 2002, referiu perante uma comissão senatorial que o seu “código moral é sólido”. “Na CIA, não permitirei que se prossigam com atividades que considero imorais, mesmo que, tecnicamente, sejam legais. Não permitirei de todo”, disse, em resposta a pergunta de um senador se obedeceria a uma ordem direta de Donald Trump.

Ginal Haspel lembrou que as práticas utilizadas na época eram já interditas pelo código militar, agora usado como referência para a legislação que revogou a autorização dada pela Administração Bush para realizar extensos interrogatórios. De 61 anos, 33 dos quais passados na agência com sede em Langley, no Estado da Virgínia, Gina Haspel beneficia do total apoio de Donald Trump.

Gina Haspel dirigiu pelo menos em parte de 2002 uma operação de prisão secreta da CIA na Tailândia, na qual suspeitos de pertencerem à Al-Qaeda foram frequentemente torturados.

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