As cerimónias fúnebres de Afonso Dhlakama, líder da Resistência Nacional Moçambicana (Renamo), que morreu na quinta-feira, realizam-se esta quarta-feira na cidade da Beira com a presença do Presidente Filipe Nyusi. O evento foi preparado por uma comissão que incluiu familiares de Dhlakama, membros da Renamo e do Governo moçambicano.

Morreu Afonso Dhlakama, líder da Renamo. Tinha 65 anos

O corpo do líder da oposição deverá sair da casa mortuária, no Hospital Central da Beira, pelas 8h (menos uma hora em Lisboa), para chegar ao largo da estação ferroviária da Beira 20 minutos depois, onde ficará em câmara ardente.

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O espaço público ao ar livre tem capacidade para cerca de 15 mil pessoas, indicou o ministro da Justiça, Isac Chande, que lidera a comissão organizadora. A Assembleia da República adiou os debates em plenária de terça e quinta-feira para que os deputados possam participar na despedida a Dhlakama, disse à Lusa fonte do parlamento.

De acordo com a comissão que organiza o evento, Filipe Nyusi é aguardado a partir das 10h, numa cerimónia que deverá durar até às 12h e contará com transmissão em direto por televisão no território de Moçambique. O chefe de Estado deverá tomar a palavra para fechar as intervenções numa cerimónia em que serão lidas várias mensagens dedicadas ao líder da oposição e em que se incluem as da família e da Renamo.

Os restos mortais de Afonso Dhlakama seguem depois para a sua terra natal, Mangunde, onde será velado pela comunidade local até ser sepultado na quinta-feira, pelas 14h, com honras oficiais, decretadas pelo Governo. O líder do partido morreu na quinta-feira, aos 65 anos, na Serra da Gorongosa, devido a complicações de saúde.