Valentim Loureiro, antigo presidente da Câmara Municipal de Gondomar, foi acusado pelo Ministério Público de beneficiar a “mãe de dois filhos seus” no arrendamento a dois estudantes cabo verdianos em Nevolgilde, no Porto. Numa conferência de imprensa promovida pelo antigo autarca esta quinta-feira, em Gondomar, Valentim Loureiro afirmou que não recebeu nenhuma acusação e ainda pediu aos jornalistas presentes se lhe podiam mostrar o comunicado.

Desde há mais de 5 anos que este processo começou e se refere a factos passados há cerca de 18 anos. São factos de 2001. Disseram-me que o Ministério Público do Porto terá feito um comunicado em que diz  — a mim não me enviaram — que eu estava acusado sobre um processo com um crime de participação económica em negócio”, disse Valentim Loureiro esta quinta-feira numa conferência de imprensa, em Gondomar.

O antigo autarca continuou: “Alguém tem aí o comunicado? Gostava de ver o comunicado. O que o Ministério Público disse.” Segundo a Procuradoria Geral Distrital do Porto, os apartamentos arrendados destinavam-se a alojamento para estudantes universitários provindos de Cabo Verde, no âmbito de um protocolo de cooperação e geminação. O arrendamento durou desde novembro de 2001 até agosto de 2013.

Valentim Loureiro acusado de pôr Câmara Municipal de Gondomar a arrendar casas de familiar

O Ministério Público afirma, de acordo com a acusação, que o arrendamento desrespeitou “os critérios estabelecidos pela assembleia municipal, era desadequado em termos de localização e desconsiderava opções mais vantajosas e os inferiores valores médios de mercado para arrendamentos similares”.

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