As atuações do ex-diretor musical da Metropolitan Opera James Levine foram retiradas do site da rádio da companhia e da rádio Sirius XM, após uma investigação ter encontrado evidências de abuso e assédio sexual.

James Levine, consagrado maestro e pianista e principal figura de cartaz da Metropolitan Opera (Met Opera), foi demitido de diretor emérito e suspenso da companhia depois dos jornais New York Post e The New York Times terem divulgado um relatório policial que afirmava que Levine havia molestado um adolescente de 15 anos.

“Eu comecei a ver um homem de 41 anos quando tinha 15 anos, sem entender o que estava realmente a acontecer”, disse a alegada vítima, segundo o New York Post, numa declaração às autoridades. “Quase destruiu a minha família e quase me levou ao suicídio”, acrescentou.

A declaração foi entregue pela vítima à polícia de Lake Forest, estado do Illinois, centro-oeste dos Estados Unidos, em outubro de 2016, de acordo com o artigo do New York Post.

James Levine realizou 2.552 espetáculos entre 1971 e 2 de dezembro 2017, dia em que o New York Post e The New York Times divulgaram o relatório policial. O maestro foi imediatamente suspenso pela companhia. A Met Opera explicou que as atuações de Levine “serão reintroduzidas na programação no momento apropriado”.

Mais de 175 das atuações de Levine, realizadas entre 1972 e 2017, permanecem disponíveis na página da internet ‘Met Opera on Demand’. Levine processou a companhia, alegando difamação e quebra de contrato, o que a empresa negou. O maestro e pianista tem uma audiência com a juíza Andrea Masley, no Supremo Tribunal de Nova Iorque, na terça-feira.

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