O PCP avisou esta sexta-feira o Governo de que não são admissíveis mais adiamentos de negociações com os profissionais de Saúde e que “é urgente a inversão do rumo”.

“O Governo não pode continuar a adiar a negociação com as estruturas representativas dos trabalhadores. Cada dia que adia a concretização das justas reivindicações dos profissionais de saúde é mais um dia que contribui para a fragilização e diminuição da resposta pública”, disse a deputada comunista Carla Cruz, no parlamento.

O plenário da Assembleia da República está a debater, a pedido do PCP, as políticas de saúde, nomeadamente no que respeita às reivindicações dos profissionais e à carência de pessoal no Serviço Nacional de Saúde. Também o Bloco de Esquerda exige que o Governo comece a negociar de forma séria com os profissionais de saúde, lembrando que o Ministério da Saúde tem sido acusado de “fazer das negociações um simulacro”.

“O senhor ministro continua a protelar negociações. A sua política começa a parecer-se em demasia com a política do anterior governo e isso é perigoso para o Serviço Nacional de Saúde (SNS)”, afirmou o deputado Moisés Ferreira, considerando que “ser Centeno é ser contrário ao SNS”.

A propósito da referência ao ministro das Finanças, Mário Centeno, o Bloco de Esquerda perguntou ao ministro Adalberto Campos Fernandes se “vão continuar a deixar que seja o ministro das Finanças” a negociar por ele as políticas de saúde.

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