A vereadora comunista da Câmara do Porto, Ilda Figueiredo, criticou este domingo o presidente da Câmara, Rui Moreira, por deixar a Praça da Corujeira “ao abandono”, enquanto em 2017 houve um saldo de “90 milhões de euros”.

“Aqui está um exemplo da crítica que fazemos quando o saldo orçamental foi de 90 milhões de euros (…) e uma Praça da Corujeira, tão importante para a população daquela zona, está ao abandono”, declarou à agência Lusa, após realizar uma visita àquela praça, em Campanhã, e de ter contactado com a população daquele bairro.

O saldo de 2017 da Câmara do Porto é de 90,7 milhões de euros, que devem “transitar” para o orçamento de 2018, revelava o relatório de gestão conhecido recentemente. Ilda Figueiredo avançou à Lusa que vai levar na próxima reunião de Câmara o caso do “abandono”, do “lixo e das papeleiras por despejar” à próxima reunião de Câmara para alertar que a obra prometida pelo atual presidente da Câmara “continua por fazer”.

“As pessoas dizem que o presidente [Rui Moreira] esteve lá na campanha e prometeu isso [requalificar a Praça], mas já lá vão quatro anos do anterior mandato e mais meio ano deste [mandato] e as coisas vão-se arrastando e a obra continua por fazer e, como bem sabemos, nem sequer é por falta de dinheiro”, disse.

A vereadora da CDU contesta também que a população de Campanhã não tenha os mesmos direitos a um jardim digno e a um parque infantil, como têm as pessoas, por exemplo, da zona do Palácio de Cristal. “Porque é que na Corujeira não há de haver equipamentos do mesmo género”, questionou, reiterando que as pessoas de Campanhã “têm direito a isso e a Praça da Corujeira é um espantoso espaço semi-abandonado que precisa de ser reabilitado e posto ao serviço das pessoas”.

A CDU reivindica para a Praça da Corujeira um jardim tratado, onde atualmente “só crescem ervas” e se “acumula lixo”, com equipamentos para as crianças e famílias, recordando que isso já aconteceu no passado, mas que ficou num “abandono completo”. “É uma das melhores praças que a cidade tem, simplesmente está numa zona, que é Campanhã, que a Câmara tem esquecido sistematicamente” e não tem oferta para as famílias, concluiu.

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