Pouco depois do primeiro quarto de hora, Jonas, que regressou ao onze inicial para o último encontro da Primeira Liga, desviou um cruzamento da esquerda e a bola saiu a rasar o poste (perante os veementes protestos, pedindo pontapé de canto). Por volta da meia hora, o brasileiro teve aquele movimento tradicional de sair da marcação, encontrar espaço e rematar mas o tiro saiu fraco e à figura de Jhonathan. Não seria noite do número 10?

Esta foi uma pergunta levantada na cabeça de alguns em muitos jogos dos encarnados ao longo da temporada. Esta foi a pergunta que raramente ficou sem resposta. Contra o Moreirense, a mesma veio de grande penalidade: aos 52′, Jonas bateu colocado e marcou o único golo no encontro que valeu ainda o segundo lugar para o Benfica. A exibição foi fraca, os momentos de levantar o estádio quase não aconteceram, mas bastou subir a placa do número 10 para a entrada de Raúl Jiménez para a Luz se render, numa ovação de pé ao melhor marcador deste Campeonato.

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Quando Jonas abre o livro, há sempre espaço para escrever mais um recorde

Jonas como Eusébio. Como Nené. Como JVP. Como Cardozo. Mas, afinal, Jonas é único

Quase como nota de rodapé, ao marcar aos cónegos de grande penalidade, Jonas tornou-se o jogador da Liga com mais golos conseguidos através da marca do castigo máximo. Mas houve marcas muito maiores.

Ao chegar aos 34 golos, Jonas superou a marca de 33 de Mats Magnusson e conseguiu um registo que só tem paralelo recuando aos anos 70, altura em que na frente de ataque do Benfica estava Eusébio da Silva Ferreira.

Em paralelo, e no plano pessoal, o avançado brasileiro conseguiu o melhor registo de golos em todas as provas desde que chegou ao Benfica, 37, superando os 36 alcançados na época 2015/16.