A reação dos adeptos do Nápoles após o triunfo em Turim frente à Juventus, que deixou em aberto a decisão do título para as derradeiras quatro jornadas (e com a Vecchia Signora a jogar fora ainda com Inter e Roma), foi quase como um triunfo no Campeonato sem troféu: milhares e milhares de pessoas saíram à rua para esperarem a equipa e sobretudo Koulibaly, um central algumas vezes criticado mas que se tornou herói com um golo aos 90′.

A festa foi excessiva mas percebeu-se o porquê: à exceção de um triunfo em 2009, com bis de Hamsik, era preciso recuar aos tempos de Diego Armando Maradona e Careca para ver uma vitória do Nápoles em Turim. No entanto, a equipa ficou ainda assim com um ponto a menos do que a Juventus. Foi como se festejasse uma árvore, fechando os olhos a toda uma floresta que agora ficou à vista: depois dos triunfos em Milão com o Inter (3-2, com Cuadrado e Huiguaín a conseguirem a reviravolta aos 87′ e 89′ num jogo onde Vecino foi expulso logo aos 18′) e na receção ao Bolonha, e aproveitando a derrota em Florença e o empate caseiro com o Torino do Nápoles, a Vecchia Signora tornou-se virtualmente campeã por causa dos golos marcados e sofridos. Este domingo chegou a confirmação, com o sétimo Campeonato consecutivo de uma equipa que, em 2006/07, chegou a passar pela Serie B após um empate sem golos em Roma (o Nápoles venceu a Sampdória por 2-0 mas de nada valeu).

Numa semana de sonho em que já tinha conquistado a 13.ª Taça de Itália do seu historial após uma goleada por 4-0 com o AC Milan (tornou-se na primeira equipa da história das cinco principais ligas a fazer a dobradinha quatro vezes seguidas), a Juventus conseguiu também assegurar o 34.º Campeonato (não são 36 porque os de 2005 e 2006 acabaram por ser retirados pela Federação Italiana de Futebol, no seguimento do Calciopoli), aumentando a distância para os rivais mais diretos a nível de títulos, AC Milan e Inter (ambos com 18).

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Juventus vence Taça de Itália a caminho da quarta “dobradinha” consecutiva