A administração do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC) rejeitou esta segunda-feira que a urgência do Hospital Geral (Covões) esteja sem capacidade de resposta da cirurgia em alguns turnos, como denunciou a Ordem dos Médicos. Em resposta à agência Lusa, a administração do CHUC garante que a segurança dos doentes não está em risco, “como se pode comprovar pelo total de cirurgiões incluídos nas escalas de urgência do CHUC, de que o polo Hospital Geral (Covões) faz parte”.

“Também não está ameaçada face ao modo integrado como a Urgência do CHUC funciona”, lê-se no comunicado. A Secção Regional do Centro da Ordem dos Médicos (SRCOM), em nota de imprensa enviada à agência Lusa, denunciou que o Serviço de Urgência do Hospital dos Covões “está sem capacidade de resposta nalguns turnos de cirurgia”. Alertou também para o risco de a equipa de cirurgia do serviço não conseguir sequer “cumprir os requisitos mínimos” definidos pelo colégio de especialidade, a partir de junho. O conselho de administração do CHUC, liderado por Fernando Regateiro, explicou esta segunda-feira que “as escalas das diversas especialidades são escalas da urgência polivalente do CHUC, independentemente da distribuição de tarefas ou locais de exercício”.

“Os médicos de um polo hospitalar dão apoio a outros polos, pois este atendimento é integrado, e não visto em separado, independentemente da estrutura local de cada polo”, esclarece. De acordo com a administração, o polo de urgência geral de adultos situado no Hospital Geral, aberto diariamente das 09h00 às 22h00, “é complementar ao polo central situado nos Hospitais da Universidade de Coimbra”.

A urgência polivalente do CHUC encontra-se dispersa fisicamente, integrando uma urgência geral de adultos com dois polos – Hospitais da Universidade de Coimbra e Hospital Geral (Covões) – uma urgência geral pediátrica e uma urgência obstétrica também com dois polos – Maternidade Bissaya Barreto e Maternidade Daniel de Matos”.”É este o enquadramento do serviço de urgência do CHUC e não outro, prévio à criação desta instituição”, refere o comunicado.

Segundo o conselho de administração, não se pode falar em rutura “quando na urgência do CHUC, globalmente considerada, existe um número de elementos acima do indicado, mesmo que haja uma falta pontual de um elemento em qualquer dos polos”. “No serviço à urgência de adultos do CHUC, podemos informar que a escala tipo na urgência externa é de nove médicos durante o dia (cinco especialistas e quatro internos) e de oito médicos (cinco especialistas e três internos) durante a noite, sem contabilizar os médicos de urgência interna”, refere. A administração acrescenta ainda que, “este número, ainda que referente a dois polos, é muito relevante, mesmo para uma urgência polivalente de um hospital central”.

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