O ministro da Agricultura, Florestas e Desenvolvimento Rural, disse, no Parlamento, que prevê ter aprovados todos os projetos de regadio até ao final do ano, para avançar com uma “gigantesca frente de obra” a partir de 2019. “No regadio iremos ter a partir do próximo ano e até 2022 e 2023 uma gigantesca frente de obra, [tendo em conta] o dinheiro em execução, o conjunto bastante grande de projetos em obra e outros a concurso e em estudo. Até ao final do ano queremos ter todos os projetos aprovados”, disse Capoulas Santos esta quarta-feira, que falava aos deputados na Comissão de Agricultura e Mar.

De acordo com o governante, a dotação dos regadios já havia sido reforçada em mais de 236 milhões de euros, com uma taxa de execução de 41% e 35% deste montante já comprometido. O Programa Nacional de Regadios visa instalar, em todo o país, cerca de 95 mil hectares de regadios, 54 mil de novos regadios e 41 mil correspondentes a modernizações, tendo sido alocado um investimento público na ordem dos 534 milhões de euros.

Ainda no âmbito do Programa de Desenvolvimento Rural (PDR 2020), que financia o Programa Nacional de Regadios, estão aprovados 102 milhões de euros para o setor dos hortícolas, 91 milhões de euros para o olival, 164 milhões de euros para a pecuária, 113 milhões de euros para os pequenos frutos, 73 milhões de euros para os frutos secos, 150 milhões de euros para os pomares e 23 milhões de euros no setor da apicultura.

Nos pequenos investimentos registam-se cinco mil projetos aprovados com 152 milhões de euros, dos quais 54 milhões de euros de apoio público, atingindo 3.512 pequenos agricultores. Já no que concerne aos jovens agricultores, foram já aprovados 792 milhões de euros de investimento. Por sua vez, na área da agroindústria encontram-se aprovados 471 milhões de euros, “tripartidos entre norte, centro e Alentejo”. “Estamos empenhados numa boa execução do PDR. Portugal continua na terceira posição de execução financeira, tendo à nossa frente só a Finlândia e a Irlanda. Temos 41% de execução financeira e a média europeia é 26%”, sublinhou.

O Programa de Desenvolvimento Rural de Portugal — Continente, em vigor até 2020, foi aprovado na sequência da decisão da Comissão Europeia em dezembro de 2014 e visa o apoio às atividades do setor agrícola assente numa gestão eficiente dos recursos.

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