A área das Zonas de Intervenção Florestal (ZIF) pode duplicar, caso sejam aprovadas as 95 candidaturas em análise, disse esta sexta-feira o secretário de Estado das Florestas, Miguel Freitas.

Neste momento, há 176 ZIF com “uma área aproximada de um milhão de hectares”, estando a ser analisadas 95 candidaturas para novas ZIF que poderão duplicar a área, afirmou Miguel Freitas, que falava à agência Lusa após a participação na sessão de abertura da Feira Nacional da Floresta, que decorre em Pombal, distrito de Leiria.

De acordo com o secretário de Estado, a decisão relativa à aprovação ou rejeição das candidaturas deverá ser conhecida entre junho a julho, sendo que as 95 candidaturas representam “mais de um milhão de hectares”.

Também ainda este ano, o Governo pretende celebrar os contratos programa “de médio e longo prazo” com baldios e ZIF, garantindo uma relação “próxima com os produtores florestais” e previsibilidade na gestão da floresta que é feita, referiu. Os contratos programa relacionados com os baldios têm como prioridade “o agrupamento de baldios”, acrescentou.

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Em declarações à agência Lusa, Miguel Freitas sublinhou que o esforço que neste momento é feito no que concerne ao investimento público na floresta tem de continuar. “As fontes públicas não podem ser reduzidas, têm de ser mantidas. Este ano, há um esforço acrescido e esse esforço deve ser mantido”, defendeu.

No entanto, o membro do Governo entende que, para além das fontes públicas de financiamento, é preciso encontrar outras fontes, nomeadamente através do “princípio do utilizador pagador”.

“A floresta presta vários serviços à sociedade. Temos que encontrar fontes de financiamento junto das concessionárias da água”, por forma a garantir que a floresta também protege as linhas de água e as bacias hidrográficas. A REN, exemplificou, “abre as faixas de proteção ao longo da rede elétrica e o que faz é imputar o custo que paga a quem usa a eletricidade”.