O filme “Chuva é Cantoria na Aldeia dos Mortos”, do português João Salaviza e da brasileira Renée Nader Messora, foi esta sexta-feira premiado com o Prémio Especial do Júri ‘Un Certain Regard’, uma secção paralela à seleção oficial do Festival de Cannes.

Em declarações à Agência Lusa, o realizador português declarou que este “é um filme feito por duas pessoas no meio do mato, sem qualquer coprodução francesa, com 80 mil euros de apoio do ICA [Instituto do Cinema e do Audiovisual], e estar a ombrear com outros filmes da competição é fantástico”.

“Chuva é Cantoria na Aldeia dos Mortos” é uma ficção rodada junto dos krahô, um povo indígena brasileiro que Renée Nader Messora deu a conhecer a João Salaviza durante as filmagens de “Montanha”, em que foi sua assistente. De acordo com o Público, o filme terá começado como uma fuga à “parafernália” do cinema e terminou na história do índio Ihjãc.

O júri da secção Un Certain Regard, presidido por Benicio del Toro, atribuiu o prémio principal a “Border”, um filme do dinamarquês de origem iraniana Ali Abbasi, que se apresentou pela primeira vez no Festival de Cannes.

Um outro filme português havia já sido premiado na quarta-feira. “Diamantino”, de Gabriel Abrantes-Daniel Schmidt, recebeu o Grande Prémio da 57.ª Semana da Crítica de Cannes e conta a história de um futebolista português caído em desgraça.

João Salaviza, de 34 anos, venceu a Palma de Ouro para curta-metragem no Festival de Cannes em 2009. Foi a primeira vez que um filme português recebeu esta distinção.

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