O Rali Dakar em todo o terreno vai pela primeira vez ser disputado em apenas um país, o Peru, revelou esta sexta-feira a organização, que apresentou o percurso da edição de 2019 através de um comunicado de imprensa.

No comunicado, distribuído a nível mundial, a Amaury Sport Organisation (ASO) justifica a decisão nas políticas de austeridade que Argentina e Chile estão a viver, enquanto a Bolívia saiu por não ter chegado a acordo em relação a um itinerário, cenário que já leva os organizadores a equacionarem um hipotético regresso a África.

Deste modo, o Dakar de 2019 deverá ter um total de 10 etapas, contra as 14 da edição passada, a qual teve partida da capital peruana, atravessou a Bolívia e teve as suas etapas finais na Argentina. “É evidentemente um percurso menos ambicioso do que aquele que tínhamos previsto inicialmente, mas que vai ser na mesma interessante, porque vamos intensificar as etapas realizadas em belos ambientes de dunas e areia”, disse o francês Etienne Lavigne, patrão do Dakar, à AFP. A capital peruana, Lima, será palco da partida e da chegada da edição de 2019, que decorrerá entre 6 e 17 de janeiro, num traçado composto por 10 etapas.

Esta é a primeira vez que o rali, que se tornou mundialmente conhecido quando se disputava em África, não contará com a Argentina no seu itinerário, um país que marcou sempre presença desde que a prova se mudou, em 2009, para a América do Sul devido a questões de segurança. “Sem o apoio financeiro e institucional dos países, torna-se complicado organizar uma corrida desta dimensão. Há um retrocesso nas despesas públicas no apoio aos grandes eventos desportivos ou outros”, disse Lavigne, acrescentando esperar ainda uma redução no número de concorrentes na próxima edição. Face aos obstáculos encontrados este ano na América do Sul, a ASO “estabeleceu contactos a alto nível” com diversas nações africanas, entre as quais Argélia, Namíbia e Angola.

Apesar de pretender manter o rali na América do Sul, continente que acolheu a prova nos últimos 10 anos, Lavigne disse: “Vamos voltar a bater à porta dos países que acolheram o Dakar nos últimos 10 anos para participarem na edição de 2020 e, se infelizmente se confirmar que continuam as mesmas medidas de austeridade, teremos de encontrar outros cenários.”

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