A missiva que apelava aos jogadores do Sporting para não rescindirem contrato com o clube e que foi subscrita por 32 sportinguistas com notoriedade pública já falava de futuro: instava, por exemplo, os jogadores a ajudarem a construir “um novo ciclo, um novo caminho de sucesso” que resultasse num “novo futuro para o Sporting Clube de Portugal”. Ao Observador, Tomás Froes, um dos subscritores, destaca que “o clube precisa de uma intervenção muito rápida de toda a gente válida da sociedade” e aponta: “O futuro vai sempre ter de passar por uma solução nova, a atual não tem condições“.

Sublinhando que “ninguém está a pensar em listas, em candidaturas ou em eleições, em almoços ou em jantares” e pedindo para que os subscritores não sejam chamados de “notáveis”, este sportinguista, que foi um dos promotores da iniciativa de carta aberta aos jogadores, diz que a união dos 32 subscritores aconteceu “face à urgência e à gravidade da situação, que toda a gente percebeu” e acrescenta que o futuro do clube tem de passar por “um Sporting todo unido”.

Entre os subscritores estão ex-presidentes do Sporting — Pedro Santana Lopes e Filipe Soares Franco –, ex-candidatos à presidência do clube — Pedro Baltazar –, ex-colaboradores e dirigentes do clube — Mário Patrício e Miguel Salema Garção — e muitas figuras da política, como Paulo Portas, Carmona Rodrigues, Jorge Coelho, Mário Frasquilho, José Vera Jardim, António Pires de Lima e “o melhor amigo de António Costa”, Diogo Lacerda Machado.

O que me assustaria era não haver sportinguistas a quererem ajudar a salvar o clube. Este grupo mostrou que está disponível para ajudar o Sporting”, diz Tomás Froes.

“Toda a gente [que subscreveu] se reviu neste texto genuíno, vem do coração sportinguista. Há muita coisa para resolver e foi uma prova de sportinguismo a união ter sido tão rápida. O texto quer dizer exatamente o que lá diz. Quisemos mostrar solidariedade com os jogadores mas também mostrar otimismo quanto ao futuro” do clube, diz ainda Froes, que conta ter havido “muita gente a ligar” para subscrever a carta já depois de esta ter sido publicada.

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