Porque é que, dos cerca de 50 adeptos que invadiram a Academia de Alcochete na terça-feira, houve quem tenha ficado na Academia depois dos acontecimentos e não tenha sido detido? “As primeiras preocupações foram garantir a segurança de toda a gente que lá estava e a preservação da cena do crime”, justificou o major da GNR, Carocha Gonçalves, à SIC Notícias, esta segunda-feira. “Foram intercetados os indivíduos que tinham saído da Academia, que são estes 23” suspeitos.

No decorrer do processo, após esta fase de apresentação destes 23 [suspeitos]”, serão averiguadas as ações dos adeptos que ficaram na Academia, disse Carocha Gonçalves.

“O processo não vai acabar aqui. Vão ser feitas mais diligências e essa será uma delas”, apontou o major da GNR, garantindo que o envolvimento nas agressões daqueles que ainda estavam na Academia de Alcochete quando a polícia chegou (como Fernando Mendes, ex-líder da claque Juventude Leonina, identificado por Jorge Jesus) vai mesmo ser investigado.

Esta segunda-feira, o juiz de instrução criminal do Tribunal do Barreiro decretou prisão preventiva para 23 elementos acusados de ataque à Academia de Alcochete. Este grupo de pessoas, muitos deles ligados à claque Juventude Leonina e outros (menos) ao grupo violento de casuals do Sporting Clube de Portugal, recebeu medida de coação máxima do juiz.

Os advogados dos arguidos ficaram chocados com a decisão, que havia sido pedida pelo Ministério Público na sequência de um ataque concertado às instalações. Intercetados fora das instalações do Sporting, os elementos detidos estão indiciados de vários crimes, entre eles ameaça agravada, introdução em lugar vedado ao público, ofensa à integridade física qualificada, dano com violência, sequestro, detenção de arma proibida, resistência e coação sobre funcionário, terrorismo e incêndio florestal.

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