O Governo moçambicano anunciou esta terça-feira que os dois centros de acomodação abertos para acolher 212 famílias retiradas da lixeira de Hulene, em Maputo, já foram oficialmente encerrados, encontrando-se a quase totalidade das famílias em casas arrendadas. O desabamento de uma parte da lixeira, em fevereiro, provocou 16 mortos que viviam nas casas soterradas nas imediações.

A porta-voz do Conselho de Ministros de Moçambique, disse, no final da sessão do órgão, que apenas sete famílias se encontram num dos centros de acomodação, porque ainda não foram encontradas casas onde possam viver. Ana Comoana adiantou que todas as 212 famílias receberam, cada, 31 mil meticais (438 euros) para o pagamento de rendas de casa durante três meses, enquanto se preparam condições para uma solução definitiva.

No dia 19 de fevereiro, uma parte da maior lixeira da capital com altura de um edifício de três andares desabou devido a chuva forte que destruiu diversas habitações precárias em redor. O acidente provocou 16 mortos, sete dos quais eram crianças, de acordo com o Instituto Nacional de Gestão de Calamidades (INGC) em Maputo

No início de março, o Governo moçambicano anunciou que 1.750 famílias serão retiradas das imediações da lixeira de Hulene, que deverá ser encerrada, numa operação estimada em 110 milhões de dólares (89,3 milhões de euros).

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