A 7.ª edição do festival +Jazz, que arranca na sexta-feira, em Angra do Heroísmo, nos Açores, vai encerrar no sábado com os Morhua, a banda de Cláudia Pascoal, representante de Portugal no Festival Eurovisão da Canção.

“É claramente uma aposta na juventude, mas também na maturidade musical destes jovens e na qualidade”, adiantou, em declarações aos jornalistas, Daniela Silveira da Mais Jazz Produções, que organiza o festival. A banda de Cláudia Pascoal, onde tocam também João Sousa, Gabriel Gomes, André Soares e Rafael Santos, vai estreiar-se nos Açores para apresentar o seu primeiro álbum, do qual saiu o single “Darling Dear”.

A jovem Sara Cruz, natural da ilha de São Miguel, será a primeira a pisar o palco do festival, na sexta-feira, às 21h30 (22h30 em Lisboa), no Museu de Angra do Heroísmo. Vai apresentar o seu segundo EP, que mistura os estilos singer-songrwritter, pop e indie-folk. A segunda atuação da noite, pelas 23h, vai ficar a cargo da Luís Barbosa Band, também de São Miguel, que vão levar a Angra do Heroísmo a antestreia do seu primeiro álbum de originais Dust to the sky, numa fusão de blues, rock e funk. No sábado, antes dos Morhua, sobem ao palco os Boots Reunion, igualmente de São Miguel, banda de blues que se prepara para lançar o primeiro álbum e o primeiro single “Sun Girl”.

Segundo a organizadora do +Jazz, o projeto, iniciado em 2012 com o objetivo de “divulgar e estimular a criação artística na vertente jazzística”, tem conseguido alcançar os seus objetivos. “A dinâmica a que se assiste na área do jazz na cidade de Angra do Heroísmo julgo que se deveu muito à perseverança e ao empreendedorismo do projeto +Jazz”, frisou.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR

Com uma procura crescente do público de edição para edição, o festival tem conseguido atrair “cada vez mais jovens”, mas também turistas, de acordo com Daniela Silveira. “O projeto +Jazz pode dizer que 50% da sua audiência são estrangeiros. Acho que esta linha atrai muito quem vem de fora, porque já existe outra cultura à volta do jazz. Na ilha Terceira, iniciámos a nossa já há bastante tempo. Temos vindo a fortalecê-la e neste momento julgo que estamos fortes e devemos manter esta linha”, apontou.

O festival vai integrar ainda a exposição “Sorrisos de Pedra”, com esculturas de Helena Amaral e fotografias de Pedro Silva, que estará patente na Biblioteca Pública e Arquivo Regional Luís da Silva Ribeiro até ao final do mês, fruto de uma parceria com a associação cultural MiratecArts, da ilha do Pico. Em 2019, o projeto +Jazz vai evoluir para uma associação cultural sem fins lucrativos e vai expandir a sua atividade a outras ilhas.

Segundo Daniela Silveira, será organizado um festival internacional de jazz na ilha do Pico e, em parceria com a associação Porta-Jazz, do Porto, será promovida uma formação musical anual, em jazz, com a deslocação de professores mensalmente às ilhas Terceira, São Miguel e Faial.