Bruno Alves afirmou esta quinta-feira que, apesar dos seus 36 anos, vai continuar disponível para representar Portugal após o Mundial2018 de futebol e desvalorizou a possibilidade de se tornar no defesa mais internacional de sempre.

“Não tenho esse objetivo. O objetivo é ajudar a seleção, trabalhar e ajudar os meus companheiros dentro de campo. O que me motiva é estar presente na seleção, ajudar, jogar e fazer melhor”, afirmou Bruno Alves, que conta com 95 jogos pela formação das 0quinas’, menos 16 que o reformado Fernando Couto, que é o defesa mais internacional de sempre.

Apesar dos seus 36 anos, Bruno Alves descartou a possibilidade de deixar de representar Portugal após o Campeonato do Mundo e negou que o torneio que vai decorrer na Rússia possa ser a sua última fase final de uma grande competição.

“Só penso em ajudar a seleção. Não penso em terminar carreira, nem terminar com a seleção. Estou sempre disponível para ajudar. A seleção proporcionou-me momentos inesquecíveis”, disse o central do Rangers, que falava em conferência de imprensa, na Cidade do Futebol, em Oeiras, minutos antes que mais um treino da seleção nacional.

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Questionado sobre os incidentes que ocorreram na semana passada na Academia do Sporting, Bruno Alves considerou que isso “já é passado” e garantiu que Rui Patrício, William Carvalho, Bruno Fernandes e Gelson Martins vão ser “ajudados ao máximo” pelos colegas de seleção. “O selecionador Fernando Santos pediu-nos para não comentarmos esse episódio. Isso é passado. O nosso foco é a seleção”, contou o antigo jogador do FC Porto.

Sobre a ausência de Cristiano Ronaldo, que ainda vai disputar a final da Liga dos Campeões com o Real Madrid, Bruno Alves assumiu que a presença do capitão “aumenta a competitividade” nos treinos. “Estou a torcer por ele na final. Com Cristiano, os treinos são ainda melhores. A sua presença, competitividade e exigência obriga que todos sejam ainda melhores”, explicou.

Para Bruno Alves, no Mundial2018, o primeiro objetivo de Portugal é “passar a fase de grupos” e só depois os jogadores poderão ter outras ambições. “No Campeonato do Mundo estão os melhores jogadores e as melhores seleções. Toda as equipas vão preparar-se muito bem e nós também. Marrocos é das melhores seleções africanas e o Irão uma das melhores da Ásia. São ser dois jogos muito táticos em que ninguém vai querer errar”, considerou.

No Grupo B, Portugal vai ainda defrontar a Espanha, naquele que será o jogo de estreia, a 15 de junho, em Sochi. O duelo com Marrocos será a 20, em Moscovo, e com o Irão, de Carlos Queiroz, a 25, em Saransk.

Portugal, ainda com muitas baixas, incluindo Cristiano Ronaldo, volta esta quinta-feira a treinar na Cidade do Futebol e no dia 28 de maio defronta a Tunísia, em Braga, no primeiro particular que serve de teste para o próximo Campeonato do Mundo.

No dia 9 de junho, após os particulares com a Bélgica (dia 2 em Bruxelas) e com a Argélia (dia 7 em Lisboa), a equipa lusa viaja para a Rússia. O Mundial2018 arranca no dia 14 de junho e termina a 15 de julho.