A Resistência Nacional Moçambicana (Renamo) está a atender questões urgentes no diálogo pela paz em Moçambique e a seu tempo tratará de eleger um novo líder, anunciou esta quinta-feira a comissão política nacional. “Estamos a atender agora às questões de emergência e contingência”, referiu Alfredo Magumisse, membro da comissão política nacional da Renamo, numa conferência de imprensa, em Maputo.

Entre as questões urgentes está o acordo de descentralização do poder, acordado pelo Presidente moçambicano, Filipe Nyusi, e o líder da Renamo, Afonso Dhlakama, que morreu a 03 de maio devido a complicações de saúde. “Conseguimos fazer com que a revisão da Constituição fosse aprovada” pelo parlamento, na quarta-feira na generalidade e hoje na especialidade, para acomodar o acordo, sublinhou.

Em paralelo, decorrem negociações sobre a desmobilização, desarmamento e reintegração do braço armado da Renamo. No encontro com os jornalistas, Magumisse confirmou o que Nyusi já havia anunciado – o chefe de Estado e o principal partido da oposição já retomaram o diálogo, que estava centrado em Dhlakama.

Questionado sobre a eleição de um novo líder, o dirigente remeteu esclarecimentos para o futuro: “estamos a caminhar, lá chegaremos”. Ossufo Momade, chefe do Departamento de Defesa e deputado do principal partido da oposição, é o coordenador interino do partido, anunciado dois dias depois da morte de Afonso Dhlakama.

“Encontrámos uma forma estatutária no nosso partido de ter um coordenador e a comissão política é o órgão executivo que está a levar a cabo todas as tarefas”, concluiu Alfredo Magumisse.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR