O treinador do Liverpool, o alemão Jürgen Klopp, elogiou o homólogo do Real Madrid, o “lutador” Zinedine Zidane, seu adversário na final da Liga dos Campeões de futebol, e comparou os espanhóis a um “relógio suíço”.

“Muitas pessoas acham que Zidane não tem conhecimentos táticos e opinam o mesmo de mim, mas não deixa de ser curioso como dois treinadores que supostamente não fazem ideia nenhuma de futebol chegam à final”, ironizou Jürgen Kloop, na antevisão da final de sábado com o Real Madrid.

Jürgen Klopp recordou que o francês Zinedine Zidane é tido com um dos cinco melhores jogadores de toda a história do futebol e, como treinador, pode conquistar pela terceira vez consecutiva a Liga dos Campeões, algo que ainda mais ninguém conseguiu.

“É brilhante. Infelizmente, irei ter pela frente um treinador brilhante”, referiu o treinador da equipa inglesa, que afastou o FC Porto nos oitavos de final com uma goleada por 5-0 no Estádio do Dragão e 0-0 em Anfield Road.

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Klopp comparou a forma de jogar do Real Madrid a um relógio suíço, com um futebol fantástico, organizado quando precisa e caótico quando o jogo o exige, e demarcou-se da polémica em torno da decisão do egípcio Mohamed Salah relativa ao cumprimento do período do ramadão.

“No meu entender, a religião é algo do foro privado, pelo que não tenho nada a decidir. No treino eu vejo-o [Mohamed Salah] cheio de energia e isso é que é importante para disputar uma final”, acrescentou o treinador do Liverpool.

Jürgen Klopp coloca o avançado egípcio, que considera ter feito uma época excecional, ao nível do português Cristiano Ronaldo e do argentino Lionel Messi, que “merecem todos os elogios por se manterem no topo há vários anos”.

“Preparámos o jogo com muito cuidado, analisámos o jogo do Real Madrid, que é realmente forte, mas nunca nos defrontaram e no ADN do Liverpool está ganhar títulos”, sustentou o treinador alemão, recordando que o clube é o que mais golos marcou numa edição da Liga dos Campeões.

Ainda de acordo com Jürgen Klopp, a experiência do Real Madrid é uma grande vantagem para os espanhóis, mas durante um jogo a experiência nem sempre ajuda, pelo que considera que cada uma das equipas tem 50 por cento de hipóteses de vencer.

“Temos que nos adaptar ao nível do adversário, tentar impor o nosso futebol e explorar os nossos pontos fortes”, disse Jürgen Klopp, acrescentando que a equipa criou um espírito forte ao longo da época e foi com essa atitude que chegou à final.