Futebol feminino. Sporting e Sp. Braga. Jogo decisivo, final, prolongamento. Vitória das leoas num jogo em que Ana Capeta saiu do banco e foi lançada na segunda parte. Até aqui, tudo foi igual com uma só nuance: a avançada que decidiu o encontro não foi a do costume mas sim Diana Silva, com um fabuloso golo no último minuto da primeira parte do prolongamento; de resto, as leoas voltaram a levar a melhor e conquistaram a Taça de Portugal, na segunda dobradinha desde que regressaram à modalidade, em 2016/17, a que juntam ainda uma Supertaça pelo meio, referente à última temporada em que fizeram o histórico “triplete”.

E este, mais uma vez, voltou a ser um jogo no limite que valeu a pena para os milhares de pessoas que marcaram esta tarde presença no Jamor: houve um golo anulado ao Sp. Braga através do VAR que poderia ter valido a conquista do troféu, o remate fabuloso de Diana Silva a bater Rute Costa, bolas no poste e uma super Patrícia Morais, guarda-redes que segurou o triunfo verde e branco com uma série de intervenções ao longo da partida.

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O Sp. Braga entrou melhor, mais forte e com maior presença no meio-campo das leoas, mas sem criar lances de grande perigo, de bola corrida ou parada (e teve vários cantos), para a baliza de Patrícia Morais. Já o Sporting, sempre através de Diana Silva, conseguia um jogo mais vertical que permitia chegar a zona de remate com poucos toques mas maior objetividade. Sharon Wojcik ainda teve um disparo de meia distância antes do intervalo com perigo mas Rute Costa conseguiu travar para canto, num dos lances mais perigosos nos primeiros 45 minutos.

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A segunda parte continuou movimentada, com emoção q.b., e teve o seu ponto mais alto a oito minutos do final: Laura Luís, que andou sempre na luta com as centrais leoninas dentro da área e tivera pouco antes uma grande oportunidade na cara de Patrícia Morais, saiu dessa zona central, cruzou largo ao segundo poste e Francisca Cardoso cabeceou para golo. Foi a festa das bracarenses e a desilusão das lisboetas… mas apenas durante alguns segundos: após indicação do VAR, Sílvia Domingos anulou o golo e recolocou tudo na estaca zero.

Esse momento acabou por alterar o rumo dos acontecimentos, com o Sp. Braga, que por Francisca Cardoso já obrigara Patrícia Morais a mais uma das intervenções que lhe valeram o título de melhor jogadora em campo (que não existiu, em termos oficiais, mas teve como “prémio” levar a bola do jogo para casa), a juntar ao desgaste físico uma clara quebra anímica que faria toda a diferença, adensada ainda pelo fantástico golo de Diana Silva que, vendo o adiantamento de Rute Costa, conseguiu fazer um chapéu à guarda-redes ainda longe da baliza (104′).

Na primeira parte do prolongamento, Ágata Fernandes arriscou a meia distância; nos derradeiros 15 minutos, Francisca Cardoso tentou de cabeça na área e Laura Luís teve um remate acrobático. No entanto, todos eles foram sempre encontrando uma super Patrícia Morais na baliza, com a internacional portuguesa a defender a vantagem pela margem mínima que só não foi dilatada porque Solange Carvalhas, acabada de entrar, acertou no poste quando o encontro já definitivamente partido e numa quase anarquia tática (119′).