O Concurso de Elegância de Villa d’Este, que decorreu neste fim-de-semana em Itália, serviu para celebrar o 80º aniversário de Giorgetto Giugiaro, um dos designers automóveis mais respeitados de sempre, que em 1999 foi agraciado com o prémio Designer Automóvel do Século. A festa em família estará reservada mesmo para o dia 7 de Agosto, data do seu nascimento, mas o italiano não quis deixar de começar já a antecipar as comemorações. Fê-lo com mais um concept produzido em família: o GFG Sybilla, um sedan eléctrico assinado por Giugiaro e pelo seu filho Fabrizio.

Com uma estética desportiva e invulgar, este protótipo mostra que no presente, tal como no passado, Giorgetto Giugiaro continua de olhos postos no futuro. Neste projecto desenvolvido em colaboração com a empresa chinesa Envision, o pai de modelos emblemáticos como o Volkswagen Golf Mk1 (1974), o Lotus Esprit (1973) ou o ‘cinematográfico’ De Lorean DMC-12 (1981) optou por um estilo fiel ao seu cunho pessoal: nada de exageros ou de linhas dramáticas. Pelo contrário, ao longo de todos os seus 5 metros de comprimento, o desportivo de quatro lugares exibe linhas fluidas e sóbrias. Tão sóbrias que a característica mais distintiva do Sybilla acaba por ser o tejadilho, que mais não é do que a continuação do vidro da frente. ou seja, uma peça única a evocar o cockipt de um avião, que avança para facilitar o acesso ao interior. Ora, se é verdade que a ideia é diferente e fica muito bem na fotografia, não somos capazes de imaginar qual será o retrato desta solução em dias de chuva…

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Já para se aceder aos dois lugares traseiros, uma nova solução criativa: os vidros, que continuam a ser o prolongamento do tejadilho (ou vice-versa), abrem tipo ‘asa de gaivota’, na vertical, enquanto as portas em si – muito bem dissimuladas na carroçaria – mantêm uma abertura convencional. Novamente isto é tudo muito bonito, mas gostávamos de saber como é se abrem (ou não) as janelas de trás…

No interior prossegue o aparato tecnológico, com muitos ecrãs multimédia espalhados um pouco por todo o habitáculo. Mas o mais curioso é, talvez, o volante, cujo desenho convoca a natureza desportiva desta proposta eléctrica. Pena é que, embora já tenha surgido em Genebra, continuem por ser revelados os detalhes acerca do sistema de propulsão do Sybilla.

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