Estava um astronauta da agência espacial norte-americana a bordo da Estação Espacial Internacional quando, ao passar a 40 mil metros de altitude da Tailândia, olhou para baixo e viu que a água estava cheia de pontos luminosos e verdes. Os astronautas que viajam à volta da Terra estão habituados a ver enxames luminosos e sabem identificá-los bem: costumam ser grandes cidades, como Berlim ou Nova Iorque. Desta vez era diferente: aquelas luzes verdes eram barcos que navegavam pelo mar de Andamão em busca de peixe.
As luzes verdes testemunham uma prática comum entre os pescadores tailandeses que se aventuram pelo mar: elas servem para atrair plâncton, que por serem o alimento preferencial de alguns peixes acabam por atraí-los para junto das redes montadas junto às lanternas. É um truque que também costuma ser utilizado na costa sul-americana voltada para o oceano Atlântico. Mas nesta região asiática ela é tão usada que os aglomerados de lanternas verdes podem ser vistas a partir do espaço.
Além das luzes verdes mergulhadas no mar, a fotografia da NASA também mostra um foco de luz branca. De acordo com a legenda feita pela agência espacial, esse foco é Bangecoque, a capital da Tailândia. Logo ao lado está Phnom Penh, a capital do Camboja: por ser menos urbanizado e por ter grande parte da população a viver em regiões rurais onde a eletricidade é um bem raro, as luzes deste país parecem muito mais apagadas em relação à capital do país vizinho.