Os Amor Electro editam na sexta-feira o álbum “#4”, feito de um compromisso entre compor um disco eclético e aceitar a lógica do mercado, que privilegia o formato canção, como explicaram à agência Lusa.

“Vivemos numa fase em que o mercado funciona à base de música a música. Nós encarámos este disco como um aglomerado de músicas, obviamente com conceito, mas é um disco um bocadinho mais eclético, no sentido em que conseguimos abranger vários estilos”, afirmou Tiago Dias, um dos músicos do quinteto rock e autor da maioria das canções.

“#4”, que surge cinco anos depois de “(R)Evolução”, apresenta onze temas originais, mas há pelo menos três canções que o grupo já divulgou há bastante tempo, como por exemplo “Juntos somos mais fortes”, lançado em 2016 quando Portugal participou no europeu de futebol, “Procura por mim” e “Sei”.

A estes, o grupo junta ainda “O nosso amor é uma canção”, com letra co-escrita por Fernando Tordo e Marisa Liz, vocalista do grupo, “De candeias às avessas”, uma letra de Jorge Cruz (Diabo na Cruz) e uma versão de “Canção de embalar”, de José Afonso. Formados em 2010, os Amor Electro lançam agora o terceiro álbum, embora o título faça pensar que é o quarto. A cantora explica:

O terceiro geralmente é um disco de consagração. Achámos que não estávamos preparados para isso. (…) O terceiro disco é aquele ‘vai ou racha’. Não temos medo disso, mas vemos este disco como um quarto e depois daqui a um tempo havemos de lançar o terceiro”.

“Eu sei que pela ordem numérica matemática, a seguir ao dois vem o três, mas neste caso não se aplica a matemática, mas sim a filosofia”, sublinhou Tiago Dias. Com o novo álbum, o grupo fecha uma janela de cinco anos dedicados aos dois discos anteriores, feitos sobretudo em digressão. Abre-se agora uma nova etapa de concertos, a começar no dia 7 de junho no Village Underground, em Lisboa, onde o grupo apresentará o novo álbum na íntegra.

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