O secretário-geral do PCP, Jerónimo Sousa, recusou esta sexta-feira, com um sorriso, comparações entre o Governo minoritário do PSOE, em Espanha, e o executivo socialista, argumentando que “são realidades muito diferentes”.

“Não se pode comparar a situação de Espanha com Portugal. São realidades distintas. É um problema que cabe aos espanhóis resolver, não nos cabe a nós dar conselhos”, disse Jerónimo de Sousa aos jornalistas, depois de assistir à peça “Ratsódia”, no Teatro-Estúdio António Assunção, em Almada, distrito de Setúbal, para assinalar o dia da criança.

Em Portugal, o PCP é um dos partidos que, com o Bloco de Esquerda e “Os Verdes”, têm um acordo parlamentar de apoio ao Governo minoritário do PS, chefiado por António Costa.

O parlamento espanhol aprovou esta sexta-feira por 180 votos a favor e 169 contra a moção de censura que afastou o Governo de direita liderado por Mariano Rajoy e, ao mesmo tempo, investiu Pedro Sánchez, líder do Partido Socialista Operário Espanhol (PSOE).

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Mariano Rajoy perde moção de censura e Pedro Sánchez é o novo Presidente de Governo de Espanha

Apesar de apenas ter 84 dos 350 deputados do parlamento espanhol, o PSOE conseguiu reunir o apoio de um total de 180 membros da assembleia, incluindo os Unidos Podemos, de extrema-esquerda, e vários partidos de menor dimensão regionalistas, nacionalistas e separatistas.