A Organização para a Libertação da Palestina (OLP) classificou hoje como imoral o veto dos EUA ao projeto de resolução apresentado no Conselho de Segurança da ONU que pedia a proteção dos palestinianos em Gaza e na Cisjordânia.

Com o seu veto, os Estados Unidos, estão a tentar, uma vez mais, justificar a ilegalidade e crueldade do exército na ocupação de Israel” e dão ao país “a cobertura legal e política para dedicar-se ao assalto ao povo palestiniano e à lei internacional e humanitária”, disse a política palestiniana Hanan Ashrawi, em comunicado.

A responsável, que integra o Comité Executivo da OLP, qualificou esta decisão norte-americana de “imoral” e “outro golpe na credibilidade e integridade da comunidade internacional representada pela ONU”.

O texto apresentado pelo Kuwait, que também condenava a resposta israelita aos protestos de Gaza, recebeu dez votos a favor, quatro abstenções e um único voto contra, o dos Estados Unidos, que como membro permanente do Conselho de Segurança tem direito de veto.

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A 30 de março, fações políticas e sociais palestinianas iniciaram o protesto a Grande Marcha de Retorno, que pedia aos residentes para se aproximarem da fronteira com Israel para reclamar o direito ao regresso dos refugiados e ao fim do bloqueio.

Israel, que assim como os Estados Unidos e a União Europeia considera o Hamas uma organização terrorista, acusa o movimento islamita que controla a faixa de Gaza de usar as mobilizações para tentar danificar a fronteira com o seu território, infiltrar e cometer ataques.

Nos dois meses da campanha, 123 palestinianos foram mortos por fogo israelita, 119 deles civis, nos protestos ou incidentes violentos junto à fronteira, e milhares ficaram feridos.