Tudo adiado para a “negra”: pressionado e sem margem de manobra, o FC Porto recebeu e venceu este domingo o Benfica no jogo 4 da meia-final da Liga de basquetebol por 91-74, igualando a decisão a duas vitórias para cada lado e obrigando a um quinto e último encontro que irá realizar-se no Pavilhão da Luz na quarta-feira. No entanto, e depois de um jogo pautado pela correção, os ânimos chegaram a aquecer no final, primeiro entre jogadores, depois também com os adeptos.

Benfica vence FC Porto no Dragão e fica a um triunfo da final da Liga de basquetebol

Cientes da necessidade de triunfo, os dragões entraram a todo o gás no encontro. A condicionar os ataques organizados das águias com algumas pressões campo inteiro, a encontrar várias soluções ofensivas em jogo organizado ou saídas rápidas, a contar com percentagens de lançamento muito superiores ao do adversário. Foi por isso que, no final do primeiro período, a vantagem dos visitados era já de 12 pontos (21-9). No entanto, o encontro estava longe de estar resolvido.

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O intervalo chegou com uma diferença de apenas sete pontos a favor dos azuis e brancos (39-32), depois de uma boa reação do Benfica a nível de intensidade defensiva e sobretudo no capítulo do lançamento. Mas, pior do que isso para os visitados, um lance que parecia não ter grande gravidade acabou por deixar de fora do encontro William Sheehey (pareceu ser uma entorse no pé direito, ao tentar agarrar uma bola após passe longo e contra-ataque), privando o FC Porto de uma das suas grandes armas no ataque e que tem sido sempre dos melhores marcadores nestes jogos da meia-final.

O reatar da partida trouxe de novo um encontro equilibrado, sem nenhuma das equipas a ser capaz de disparar no resultado mas com os encarnados a reduzirem a desvantagem de forma paulatina, entrando no quarto período com apenas três pontos a menos numa fase onde houve uma interrupção de alguns minutos devido a problemas numa das tabelas (60-57).

Chegavam os últimos dez minutos do encontro, regressou o melhor FC Porto do jogo: com dois triplos de Pedro Bastos e um de Marcus Gilbert praticamente seguidos, os azuis e brancos voltaram a ter vantagens de quase dez pontos, ganhando margem para gerir da melhor forma os instantes finais e alguns ataques mais precipitados dos visitantes, que acabaram por “desistir” demasiado cedo do jogo depois de terem estado dois períodos a colarem no resultado. No final, o 91-74 acabou por exprimir, de forma exagerada, a vitória justa dos dragões, que estiveram sempre na frente e mereceram chegar à “negra”.

De referir que, no final da partida, os ânimos estiveram mais exaltados. Primeiro, entre jogadores, com Todic e Miguel Queiroz, que tinham levado uma técnica nos últimos segundos, a serem separados pelos companheiros; depois, com os jogadores do Benfica a serem apupados até ao túnel de acesso aos balneários. Agora, na quarta-feira, há mais um clássico para decidir quem vai à final da Liga de basquetebol com a Oliveirense, que eliminou o V. Guimarães na meia-final por 3-0.