O concurso Miss América vai banir a prova em fato de banho, noticiou esta terça-feira o jornal New York Times. Muito embora a competição tenha uma profunda ligação aos fatos de banho e aos biquínis, com a dita prova a remontar a 1921, a próxima edição do Miss América, marcada para setembro, já não vai contar com esta etapa e vai, ao invés, focar-se nos talentos das candidatas.

A mais recente alteração ao concurso surge de uma tentativa da organização em navegar a onda do movimento #MeToo. “Não vamos julgá-la na aparência exterior”, disse Gretchen Carlson, antiga pivô da Fox News e presidente da organização do concurso desde janeiro, no programa “Good Morning America”. “Queremos que mais mulheres saibam que são bem-vindas a esta organização. (…) Estamos a seguir em frente nesta revolução cultural”, continuou.

Também Carlson é uma das vozes que fala mais alto contra o assédio sexual. Em 2016 apresentou uma queixa-crime contra o presidente da Fox, Roger Ailes. É ela quem, nos últimos seis meses, tem fomentado uma grande mudança interna na organização responsável pelo concurso. A tomada de posse surgiu depois de alguns emails de Sam Haskell, ex-presidente executivo, terem chegado a público em dezembro último, nos quais constavam comentários desrespeitosos e misóginos sobre ex-concorrentes.

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