O Tribunal Supremo moçambicano pretende beneficiar da experiência espanhola na formação de magistrados, anunciou o presidente da instituição, Adelino Muchanga. “Queremos uma seleção que permita não só identificar os que são tecnicamente exímios, mas também pessoas que tenham perfil para essa exigente função, que é uma função nobre: queremos pessoas que entendem que ser juiz não é só uma profissão, é uma forma de ser e de estar”, referiu.

Muchanga falava na segunda-feira, em Maputo, durante a assinatura de um memorando de entendimento para cooperação com o Tribunal Supremo de Espanha. “É uma etapa que, estou absolutamente convencido, terá êxito e frutificará em benefício dos dois países”, referiu o vice-presidente do Tribunal Supremo de Espanha, Angel Juanes.

Além da formação, a cooperação deverá abranger troca de informação sobre dados técnicos e boas práticas na gestão processual. O memorando foi rubricado no âmbito de uma visita de três dias de Angeles Juanes a Moçambique. O magistrado espanhol vai reunir-se com o presidente do Presidente do Conselho Constitucional, Hermenegildo Gamito, com o Provedor de Justiça, José Abudo, e com o vice-ministro de Justiça, Assuntos Constitucionais e Religiosos, Joaquim Veríssimo.

Espanha tem Moçambique como prioridade nas suas relações internacionais, tendo incluído o país africano no Plano Diretor da Cooperação Espanhola 2018-2021, aprovado recentemente, anunciou em comunicado a embaixada em Maputo.

Apenas seis países da África subsaariana estão incluídos nesse plano que contempla, entre outras iniciativas, a presença permanente em Moçambique do Gabinete de Cooperação Espanhola para o Desenvolvimento, lê-se na nota.

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