António Costa visitou o Conservatório Nacional de Lisboa na manhã desta quarta-feira, 6 de junho, e fez questão de abordar o tema das carreiras dos professores. “É preciso termos a noção de que o país não tem condições ilimitadas para fazer tudo, há muita coisa para descongelar”, ressalvou o primeiro-ministro no final da intervenção onde revelou que tinha sido aluno no Conservatório, na “primeira experiência de ensino artístico integrado”, entre 1971 e 74.

No auditório principal da escola lisboeta, sob o olhar atento de muitos jovens alunos, Costa (que falou a seguir a Tiago Brandão Rodrigues, ministro da educação e do desporto) recordou os tempos em que andou na escola “onde foi mais feliz na vida toda” e desejou “a maior das felicidades” ao processo que visa a renovação do histórico estabelecimento de ensino.

No final da cerimónia, antes de entrar no carro, abordou o “elefante na sala” que tem dominado a atualidade da política nacional: o congelamento das carreiras dos professores. “Temos cumprido tudo aquilo que tínhamos prometido quanto ao descongelamento”, começou por dizer. Logo de seguida fez questão de ressalvar que na prática houve um descongelamento, já que “o cronómetro estava parado, o tempo tinha parado de contar”. “Descongelar significa repor o cronómetro. Neste caso em especial foi entendido pela assembleia da república que se devia abrir um processo negocial. Fizemos isso, apresentámos uma proposta de uma forma construtiva, aberta, e o que tivemos até agora foi sempre intransigência”, acrescentou.

O primeiro ministro aproveitou a índole do evento no Conservatório para explicar que é preciso “conseguir jogar com os recursos que temos para ir satisfazendo aquilo que é necessário fazer”, juntando a essa declaração vários exemplos de situações que também precisam de ser “descongeladas”, como, por exemplo, “obras que estiveram paradas durante anos, metidas na gaveta”, “investimentos no SNS” e até “outras carreiras”.

Em jeito de conclusão, António Costa chamou à atenção de que “esta ideia de que não há descongelamento nas carreiras dos professores é” falsa, explicando que “só este ano vão progredir na carreira mais de 45 mil professores e nos próximos anos vão todos continuar a progredir.”

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